sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Revista Online Teologia Luterana

Esta é a Revista Teologia e Prática Pastoral Luterana, um projeto iniciado por pastores da IELB que pretende tornar melhor conhecida a teologia luterana e prática pastoral de nossa igreja. A edição é trimestral e também está disponível para downloads.
O pastor Mário é um dos coordenadores da revista e nesta edição escreveu o artigo "A onipotência de Deus e a universalidade da graça no livro de Jonas: um estudo sobre historicidade profética". Você pode conferir o artigo a partir da página 68. Boa leitura!
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domingo, 2 de janeiro de 2011

Aulas para iniciantes


Iniciação Musical

Curso de fundamentos musicais básicos para alunos a partir de 12 anos de idade. São aulas básicas para quem deseja iniciar seus dons na música e com isso louvar ao Senhor! 

Dia: Sábados äs 17:00h
Local: Igreja Luterana da Paz (Av. Jangadeiro, 176 - Interlagos, São Paulo)
Aulas de violão, teclado, flauta


Mais informações (11) 5666-2199

Comissão de Altar

Grupo Vocal Da Paz

"Louvem o nome do Senhor; porque só o seu nome é majestoso; sua majestade esta acima da terra e do céu." Salmo 148.12

Domingo é dia de Culto e dia de louvar a Deus. Você está convidado a participar do Coral da Paz, que se reúne para ensaios todos os domingos, às 9h.

Anote aí:

Ensaios: Domingos, às 9h 
Local: Igreja Luterana Da Paz (Av. Jangadeiro, 176 - Interlagos, São Paulo, SP)


Aqui há um lugar para você!!







Grupo de Apoio

Oferta das Primícias

Igreja em Células (Programa de Evangelização e Mordomia)

A Igreja em Célula

Para atingir os objetivos da educação cristã regular e progressiva para todos os membros e os objetivos do ensinar a guardar todas as coisas, o PEM (conhecido como Igreja em Células na nossa paróquia) propõe a estratégia dos grupos menores. Nesse sentido pretende:

a) Valorizar e fortalecer a ação dos grupos já existentes:
·        Grupos Familiares e Grupos de Afinidade

b) Direcionar a ação dos grupos dentro de quatro ênfases:
·        Estudo Bíblico: fundamentação bíblica e motivação
·        Comunhão cristã: apoio mútuo
·        Tarefa: missão do grupo.
·        Evangelismo: Multiplicar os participantes do grupo por meio de convites a amigos e vizinhos. O objetivo é fazer cada célula se multiplicar.

c) Escolher e treinar líderes leigos que possam coordenar os estudos, a comunhão e as atividades dos grupos menores.

d) Organizar novos grupos conforme as necessidades da congregação, com o objetivo de envolver todos os membros da congregação em, pelo menos, um grupo menor.



Locais e Líderes
Esses sãos os locais e líderes de nossos grupos:


Extra - Famílias
Líder:


Primavera
CArina
Alice
Líria
Wackerha
Líder:


Grajaú
Líder: Arnor




GRUPO DE LÍDERES:

Precisamos de novos lideres de grupo. Seja mais um servo de Deus. Peça sabedoria a Deus. E fale com seu pastor!
"Eis-me aqui Senhor! Envia-me a mim." Isaias 6.8

sábado, 1 de janeiro de 2011

Movimento Jovem


O Movimento Jovem reúne adolescentes a partir de 13 anos, envolvidos, comprometidos e mais do que tudo loucos por Cristo! Jovens que se preocupam com a sociedade, e por isso estão inseridos nela,  agindo e evangelizando através da arte, cultura, música, esportes, educação, testemunho = AÇÃO.  Cada um com seu estilo e jeito de pensar, busca seu espaço e encontra no Movimento Jovem Luterano um Deus que é mais que além de PAIZÃO é PARCEIRO!! 



Encontros e estudos: Sábados, às 18:00 h. 
Na Igreja Da Paz de Interlagos (Av. Jangadeiro, 176 - São Paulo)

Você também é bem vindo a esse grupo. Participe!




Jovens Louvando ao Senhor na Noite Cultural set/2011

Juventude Evangélica Luterana Paz de Interlagos - JELPI

Estudo Bíblico

Grupo de Estudo Bíblico e Oração - História da Bíblia

Iniciamos o ano de 2011 abençoados com a ação do Espírito Santo. Este anos vamos focar  nossos estudos nas história da Bíblia, especialmente o Antigo Testamento. O ojetivo é estudar, debater e aprender a Palavra de Deus. Você é bem-vindo a participar! 
O grupo se reúne äs quintas-feiras, às 14:30h.
O curso é aberto a TODOS que desejam aprofundar seus conhecimentos na Palavra do Senhor. 


Dia: todas as quintas-feiras
Horário: 14:30h
Local: Igreja Luterana da Paz de Interlagos (Av. Jangadeiro, 176, Cidade Dutra)
Maiores detalhes: (11)5666-2199


Pré-adolescentes - Confirmandos

Estudos todos os Sábados as 10h

Crianças



Conheça o nossa missão; trabalhos e equipe de professores no blog da Escola Dominical da Igreja Luterana de Interlagos
http://pazinterlagos-ed.blogspot.com/ 



"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele." Pv 22. 6

A Escola Bíblica para criança acontece no horário de culto, todos os domingos, às 10h.

Sem medo do fim

Cremos, ensinamos e confessamos que Deus determinou um dia, no qual julgará o mundo com justiça. Ninguém sabe quando será este dia. Naquele dia, Jesus voltará visível e glorioso. Céu e terra se desfarão. 
Todos serão julgados por Jesus. Aos incrédulos, Jesus dirá: Apartai-vos de mim, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus seguidores.
 Aos fiéis, que terão um corpo glorioso, dirá: Vinde, benditos de meu Pai e entrai no gozo de vosso Senhor que vos está preparado desde a fundação do mundo.
 Então serão criados os novos céus e a nova terra, nos quais habitará justiça. 


Referências bíblicas: Jo 5.28-29; At 10.42; 1 Co 15.51-52; Rm 8.18; Mt 10.28; Is 66.24; Jo 19.25-27; Mt 26.31-46; 2 Pe 3.10-13; Ap 21.1-8.

A Graça de Deus no Batismo e na Santa Ceia

Batismo

Cremos, ensinamos e confessamos que o sacramento do santo Batismo foi ordenado por Jesus como meio da graça pelo qual o Espírito Santo "opera a remissão dos pecados, livra da morte e dá a vida eterna a quantos crêem." Pelo Batismo, as crianças recebem a fé e se tornam filhos de Deus e, aos adultos, o Batismo sela o perdão dos pecados. Enquanto alguém permanece na fé, desfruta as bênçãos do Batismo. O Batismo deve ser administrado uma vez só, em nome do Deus triúno: Pai, Filho e Espírito Santo.
Referências bíblicas: Mt 28.19; Tt 3.5; Mc 10.14; Mc 7.4; 16.16; At 22.16.


Santa Ceia
Cremos, ensinamos e confessamos que, na Santa Ceia, o Senhor Jesus Cristo, de acordo com sua palavra, nos dá o seu corpo e sangue para remissão dos pecados. Os elementos materiais, pão e vinho, não se transformam em corpo e sangue. Mas por ordem e promessa de Deus, recebemos na Santa Ceia em, com e sob o pão e o vinho, o verdadeiro corpo e sangue de Cristo. Os que crêem, recebem-no para fortalecimento da fé. Os que participam sem arrependimento e fé, recebem igualmente o verdadeiro corpo e sangue de Cristo, mas para juízo. A Santa Ceia é a mesa do Senhor onde recebemos conforto e consolo. Ela nos dá o perdão dos pecados e nos fortalece na esperança da ressurreição.
Referências bíblicas: Mt 26.26-28; Mc 14.24; 1 Co 11.24-29.

Deus e o Ser Humano

Deus e as Escrituras


Cremos, ensinamos e confessamos que o conhecimento natural que o homem possui a respeito de Deus é imperfeito e insuficiente para a salvação. Conhecimento correto e salvífico o homem adquire somente pela Escritura Sagrada, na qual o Deus verdadeiro: Pai, Filho e Espírito Santo assim se revelou e quer ser adorado. Qualquer outro culto é idolatria e abominação ao Senhor. Não há novas revelações da parte de Deus, pois os livros proféticos e apostólicos do Antigo Testamento e Novo Testamento constituem a fonte e norma de doutrina e fé.


Referências bíblicas: Rm 1.19-20; 2.14-15; Dt 6.4; Mt 28.19; Jo 5.23; 1 Co 8.4-8.


Ser humano


Cremos, ensinamos e confessamos que o ser humano foi criado por Deus conforme a imagem divina, a qual consistia em bem-aventurado conhecimento de Deus, perfeita justiça e santidade. Essa imagem se perdeu com a queda em pecado. Agora, o ser humano nasce com o pecado original, isto é, o pecado que herdamos de Adão, a completa corrupção de toda a natureza humana, agora privada da justiça original, inclinada para todo o mal e sujeita à condenação.
Referências bíblicas: Gn 1.27; 2.7; 3.1-16; Sl 51.5-15; Rm 5.12; Sl 143.3; Is 64.



Pecado


Cremos, ensinamos e confessamos que toda e qualquer transgressão da santa lei de Deus é pecado. Cada pensamento, palavra ou ato contrário à vontade de Deus é pecado. Cada pecado é rebelião contra Deus. O pecado é a causa de toda a miséria neste mundo. O homem é responsável diante de Deus e terá que prestar contas de sua vida. E Deus julgará todos.
Referências bíblicas: Ez 18.20,30; Rm 8.7; 1 Jo 3.4; Gn 8.4; Hb 9.27; Rm 6.23.




Evangelho


Cremos, ensinamos e confessamos que Deus, em seu infinito amor, não abandonou os homens em sua ruína, mas resolveu salvá-los pela obediência, paixão e morte de seu Filho unigênito Jesus Cristo. O evangelho é a boa notícia dessa salvação. No evangelho, Deus oferece perdão dos pecados, vida e salvação a todos os homens. Todo o pecador arrependido, que confia nas promessas do Evangelho, tem o que estas palavras lhe dizem e prometem: perdão dos pecados, vida e eterna salvação. 
Referências bíblicas: Jo 3.16; Rm 1.16; Gl 3.5; 2 Co 5.19.




Jesus Cristo


Cremos, ensinamos e confessamos que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Como Filho de Deus, gerado do Pai desde a eternidade, é, em todos os sentidos, igual ao Pai e ao Espírito Santo. Como verdadeiro homem, nasceu da virgem Maria. Nasceu sem pecados e é, em todos os sentidos, verdadeiro homem. Como nosso substituto, cumpriu a lei de Deus, padeceu por nossos pecados e, por seu sacrifício e morte, consumou a obra de reconciliação. Desceu ao inferno para mostrar sua vitória sobre todos os nossos inimigos e ressuscitou para nos dar a certeza que nós também viveremos. Jesus Cristo é o único Salvador da humanidade. Fora dele não há salvação. Jesus voltará ao mundo para julgar os vivos e os mortos. 
Referências bíblicas: Jo 1.1; Mt 1.18-25; 1 Pe 2.22; 2 Co 5.19; 1 Jo 2.2; Cl 2.15; Rm 1.14; At 10.42
Pelo sacrifício de Cristo na cruz, a humanidade é 'religada' a Deus.



Conversão


Cremos, ensinamos e confessamos que a conversão de um pecador compreende contrição e fé. A conversão não é mera reforma moral ou a resolução solene de corrigir a vida, mas é completa mudança de toda a vida do homem. É o renascimento espiritual do pecador. É uma transformação milagrosa, efetuada pelo poder do Espírito Santo, operada pelos meios da graça: palavra de Deus e sacramentos. Sendo espiritualmente cego, morto e inimigo de Deus, o homem não se inclina a Deus nem pode dispor-se à graça ou aceitá-la. Por isso, a conversão é um ato exclusivo de Deus, no qual o homem é passivo. A essa graça, porém, o homem pode resistir. A Bíblia lembra que o homem é salvo unicamente pela graça de Deus mediante a fé em Cristo e que Deus quer a salvação de todos. O que é salvo, é salvo pela graça. O que se perde, perde-se por culpa própria. 
Referências bíblicas: Jr 31.18; Jo 1.12,13; Rm 10.17; At 11.21; Ef 2.1,5.






Cremos, ensinamos e confessamos que a fé salvadora não é simples assentimento aos ensinos da Escritura, mas a confiança de um pecador arrependido no perdão de Cristo. Tal fé não é um ato de obediência ou decisão da vontade humana, mas é um ato da graça divina como um presente. Mesmo sendo um ato divino, não é o Espírito Santo que crê em nós. Nós cremos. A pessoa que não tiver essa confiança em Cristo, não pode ser salva; permanece sob a escravidão de Satanás, sob a ira divina e caminha para a condenação infernal. Aquele que está em Cristo, é nova criatura e busca, sob a ação do Espírito Santo, estreita comunhão com o Salvador. Por contrição e arrependimento diários, afoga as inclinações pecaminosas de sua carne e, pela graça de Cristo, ergue-se diariamente para uma nova vida com Jesus. Luta diariamente com muitas fraquezas, mas busca a perfeição em Cristo, a qual gozará na eternidade em toda a sua plenitude.
Referências bíblicas: Tg 2.19; Is 55.6-7; Mc 1.15; Jo 1.12; 1 Co 12.3; Rm 10.7; At 16.31; Jo 3.36; Fp 3.14; Ef 4.15-16; Rm 12.1-3.


A Igreja Cristã


    A IGREJA CRISTÃ é a comunhão dos santos, isto é, a totalidade de todos aqueles que crêem em Cristo como seu único Salvador. Essa é a Igreja Cristã invisível. É considerada invisível porque ninguém pode ver a fé do outro. Ela é invisível para os homens, mas não para Deus, pois "o Senhor conhece os seus" (2 Tm 2.19).

    Mesmo invisível, a presença da Igreja Cristã é reconhecida por sinais visíveis. Esses sinais são a pregação da palavra de Deus e a administração dos sacramentos do Batismo e da Santa Ceia. Dizemos, por isso, que a Igreja Cristã está presente onde é pregada a palavra e são administrados os sacramentos, pois a palavra de Deus jamais volta vazia (Is 55.11).


    Cremos que a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) é fruto da graciosa e contínua ação do Espírito Santo, que operou através da palavra e dos sacramentos. A IELB é um conjunto de cristãos que confessam o nome de Cristo, conforme o claro ensino da Escritura. A IELB é, apesar de suas fraquezas e limitações, um instrumento de Deus para a edificação de seu reino em nossa Pátria.
    
    A IELB busca a verdadeira união da Igreja Cristã, que consiste na "preservação da unidade que o Espírito criou e opera", mantendo encontros e diálogos teológicos com outras igrejas. "Há somente um corpo e um Espírito... uma só esperança... há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos" (Ef 4.4-6).


    Nesse sentido, a IELB busca refletir os reformadores luteranos e seus discípulos que reuniram os textos com os quais reafirmaram a verdade bíblica nas discussões teológicas em um livro chamado o Livro de Concórdia, de 1580. A IELB busca a comunhão e a unidade com outras Igrejas com base nas Escrituras Sagradas, conforme foi exposta em suas verdades centrais durante a Reforma. Nesta busca, a IELB mantém a posição que o seu compromisso com a unidade externa com outras igrejas deve sublinhar e confirmar: o compromisso com a verdade bíblica, conforme expresso no Livro de Concórdia. Com isso, não julga a fé alheia, mas sabe que, onde a palavra de Deus está em uso, o Espírito Santo opera a fé. 

Veja em sua Bíblia: Romanos 16.17; Mateus 7.15; João 9



Confissão de Fé
    A natureza confessional da IELB está baseada nos livros que formam o livro sagrado do Cristianismo, a Bíblia. Como exposição correta da Bíblia, a IELB subscreve uma série de documentos confessionais, reunidos no Livro de Concórdia de 1580.
    A IELB adota os três símbolos ou credos ecumênicos do Cristianismo: Credo Apostólico, Credo Niceno eCredo Atanasiano.


Credo Apostólico
     Por ser uma das primeiras partes da literatura confessional que se aprende, o Credo Apostólico é o credo mais usado em nossa igreja. E, exceto a oração do Senhor (dominical), não há conjunto de palavras na Igreja Cristã que os cristãos mais pronunciem. Ele é o primeiro dos credos ecumênicos (ecumênico significa universal, geral, do mundo inteiro). A Igreja Cristã antiga adotou o nome ecumênico para mostrar que ela, como um todo, aceitava esses credos. Em 1580, a Igreja Luterana, para demonstrar que não era uma seita ou movimento, incorporou três credos em suas confissões, reunidas no Livro de Concórdia.


    Apesar de receber o nome de Apostólico, não temos nenhuma evidência de que foi escrito pelos apóstolos ou por alguns deles. O título "Credo Apostólico" foi usado pela primeira vez em 390, no Sínodo de Milão. Em 404, Tirano Rufino escreveu um comentário do credo, contando a história de sua provável origem (de que no dia de Pentecostes os apóstolos, antes de cumprir a ordem de ir aos confins da terra, teriam se reunido e cada um contribuído com uma parte do credo). Há evidências, porém, de que um credo muito semelhante a este já era usado no ano 150. A verdade, talvez, nunca se saberá. Entretanto, ninguém de sã consciência negará que esse credo reproduz autenticamente o ensino dos apóstolos, fundamentado nas verdades das Escrituras (1 Co 8.6; 12.13; Fp 2.5-11; 1 Tm 2.4-6; 1 Tm 3.16).

O texto litúrgico atualmente em uso:
Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.

E em Jesus Cristo. Seu único Filho nosso Senhor. O qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir julgar os vivos e mortos. 

Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Cristã – a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém. 


    Note-se que a palavra católica é geralmente traduzida por "cristã", em parte para não confundir com a igreja romana, mas principalmente para reforçar o fato de que ele é a confissão verdadeira de qualquer cristão. Sem dúvida, como disse Lutero: "A verdade cristã não poderia ter sido resumida numa exposição mais clara e breve".


Credo Niceno
    Enquanto a Igreja Cristã se desenvolvia, passou a sofrer oposição de Roma e dos judeus em forma de perseguições e morte aos que professavam a fé cristã. Mas este não foi o único tipo de perseguição sofrida. Apesar da igreja primitiva ter recebido aceitação social e respeitabilidade durante o governo do Imperador Diocleciano (284-305), um outro tipo de perseguição começou a se infiltrar na Igreja – o da oposição à fé como revelação direta da verdade por parte de Deus. 
    A origem do Credo Niceno se encontra na necessidade de defender a doutrina apostólica da divindade de Cristo contra Ário, e da divindade do Espírito Santo contra os seguidores de Macedônio. Convocou-se um concílio na cidade de Nicéia para maio e junho de 325. Duzentos e vinte bispos estavam presentes. O propósito do concílio era formular, sem possibilidade de falsas interpretações, o que as Escrituras ensinavam a respeito do Senhor Jesus Cristo. A pergunta era: Jesus é ou não é o verdadeiro Deus do verdadeiro Deus? Estaria Ario certo ao dizer que Jesus não é verdadeiramente Deus? Apesar do brilhantismo dos teólogos arianos, os ortodoxos (que mantinham o ensino bíblico) não estavam ausentes e sem os seus heróis da fé. Conta a história que Atanásio era um homem de pouca estatura. Mas como um estudioso da Bíblia, era um gigante. Desde o Concílio de Nicéia, por causa da sua defesa sólida da fé cristã, o dito que passou a acompanhá-lo foi "Atanásio contra o mundo".

    Além, de Ario, apenas cinco outros se recusaram a assinar o documento de Nicéia. O Imperador os baniu, mas sem grande interesse político. O mesmo credo foi reafirmado no Concílio de Constantinopla, em 381, e foi oficialmente adotado com alguns acréscimos em 451, no Concílio de Calcedônia.
    O Credo Niceno não procura apresentar todos os artigos da fé cristã, mas confessa e defende as verdades fundamentais da doutrina escriturística acerca de Deus.

O texto conforme o Livro de Concórdia:
Creio em um só Deus, o Pai onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.


E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus e nascido do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas; o qual, por amor de nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, e encarnou, pelo Espírito Santo, na Virgem Maria, e se fez homem; foi também crucificado em nosso favor sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e subiu aos céus; está sentado à destra do Pai, e virá pela segunda vez, em glória, para julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim.

E no Espírito Santo, Senhor e vivificador, o qual procede do Pai e do Filho; que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E a igreja, uma santa, católica e apostólica. Confesso um só batismo, para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém.



Credo Atanasiano
    O Credo Atanasiano é uma confissão magnífica sobre o Deus triúno. Lutero o considerou "a maior produção da igreja desde os tempos dos apóstolos". A origem do credo é obscura. Desde o século IX alguns o atribuíram a Atanásio, o heróico defensor da doutrina da divindade de Cristo contra Ario. Entretanto, não há razões muito fortes para que se possa atribuí-lo a Atanásio: 

1. Não há evidências de que Atanásio e seus contemporâneos tivessem tomado conhecimento desse credo (também chamado "Quicunque" – pois ele inicia com estas palavras: "Todo aquele...". 

2. Ele ataca heresias que surgiram depois da morte de Atanásio, quando Nestório e Êutico introduziram heresias sobre a Trindade e a pessoa de Cristo.

3. É bem provável que o autor desse credo era versado nos escritos de Agostinho, que viveu entre 354 e 430. Mas se Atanásio não foi o autor, quem foi? A questão tem intrigado estudiosos da história cristã ao longo dos anos. O mais próximo que chegaram, foi de que se conhecia um credo semelhante a esse na Galícia (hoje França) na metade do 5° século. Entretanto, só se tornou popular para fins de instrução após Carlos Magno (742-814) ter decretado que todos os clérigos tinham que aprendê-lo.
O Credo Atanasiano nunca teve um uso generalizado como os outros credos. Mas se há um momento no Ano Eclesiástico que ele deveria receber atenção, este é o Domingo da Santíssima Trindade, pois essa doutrina, e especialmente a da divindade de Cristo e de sua obra redentora, é o fundamento sobre o qual está edificada a igreja (Ef. 2.20).

O texto abaixo se encontra no Livro de Concórdia:
    Todo aquele que quer ser salvo, antes de tudo deve professar a fé católica. Quem quer que não a conservar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá eternamente.

    E a fé católica consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas e sem dividir a substância. Pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade. Qual o Pai, tal o Filho, tal também o Espírito Santo. Incriado é o Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo. Imenso é o Pai, imenso o Filho, imenso o Espírito Santo. Eterno o Pai, eterno o Filho, eterno o Espírito Santo; Contudo, não são três eternos, mas um único eterno; Como não há três incriados, nem três imensos, porém um só incriado e um só imenso.

    Da mesma forma, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente; Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; E todavia não há três Deuses, porém um único Deus. Como o Pai é Senhor, assim o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor; Entretanto, não são três Senhores, porém um só Senhor.

    Porque, assim como pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa, tomada pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa, tomada em separado, é Deus e Senhor, assim também estamos proibidos pela religião católica de dizer que são três Deuses ou três Senhores. O Pai por ninguém foi feito, nem criado, nem negado. O Filho é só do Pai; não feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo é do Pai e do Filho; não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. Há, portanto, um único Pai, não três Pais; um único Filho, não três Filhos; um único Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta Trindade nada é anterior ou posterior, nada maior ou menor; porém todas as três pessoas são coeternas e iguais entre si; de modo que em tudo, conforme já ficou dito acima, deve ser venerada a Trindade na unidade e a unidade na Trindade. Portanto, quem quer salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.

    Mas para a salvação eterna também é necessário crer fielmente na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo. A fé verdadeira, por conseguinte, é crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus, gerado da substância do Pai antes dos séculos, e é homem, nascido, no mundo, da substância da mãe. Deus perfeito, homem perfeito, subsistindo de alma racional e carne humana.     


    Igual ao Pai segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade. Ainda que é Deus e homem, todavia não há dois, porém um só Cristo. Um só, entretanto, não por conversão da divindade em carne, mas pela assunção da humanidade em Deus. De todo um só, não por confusão de substância, mas por unidade de pessoa. Pois, assim como a alma racional e a carne é um só homem, assim Deus e homem é um só Cristo; O qual padeceu pela nossa salvação, desceu aos infernos, ressuscitou dos mortos, subiu aos céus, está sentado à destra do Pai, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. 


    À sua chegada todos os homens devem ressuscitar com os seus corpos e vão prestar contas de seus próprios atos; E aqueles que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna; aqueles que tiverem praticado o mal irão para o fogo eterno. Esta é a fé católica. Quem não a crer com fidelidade e firmeza, não poderá salvar-se.

fonte:   IELB